Direção de arte, campanha publicitária, design gráfico, webdesign, merchandising, motion graphics, templates para social media e normas gráficas para o LEFFEST - Lisboa Film Festival.


O conceito que guiou a criação da identidade gráfica da edição 18 do LEFFEST é "O Cinema expande horizontes, molda percepções, transforma realidades". Surgiu a partir do tema de reflexão promovido anualmente pelo LEFFEST que, em 2024, foi “Imagens de Guerra, Guerra das Imagens” e do texto de Walter Benjamin “A Obra de Arte na Era da sua Reprodutibilidade Técnica”.

LEFFEST, 2024

O LEFFEST promove anualmente um espaço de reflexão sobre assuntos relevantes da actualidade. Na edição de 2024 abordou a guerra e a sua representação no cinema, sob o mote “Imagens de Guerra, Guerra das Imagens”. 


Assim, procurou-se reflectir sobre 1) a representação da guerra no cinema e a construção de significados; 2) a expansão cognitiva e o impacto emocional destas imagens; 3) a transformação social e política causada pela sua disseminação; e por último, 4) a distopia da guerra e os efeitos destas imagens na memória coletiva.

A partir dos conceitos anteriores emergiu o tema que guiou a construção da identidade visual do LEFFEST: O Cinema expande horizontes, molda percepções, transforma realidades.


1) O Cinema expande horizontes, porque tem a capacidade de trazer para o público realidades complexas que, de outra forma, estariam distantes da nossa experiência quotidiana. 2) Molda percepções uma vez que, no dispositivo cinematográfico a guerra é representada de maneiras que enfatizam e atenuam certos aspectos, moldando a percepção do público sobre o conflito. 3) Transforma realidades porque, ao impactar o espectador, o cinema actua como um agente de transformação, tanto a nível da consciência individual como colectiva.

As referências visuais utilizadas para transmitir estes conceitos complexos foram uma paleta de cores intensa e contrastante, que cria tensão visual e reflete o impacto psicológico e emocional da guerra. A animação do texto e distorção das imagens, sugere a ideia de manipulação visual e narrativa, assim como o caos vivido num cenário de conflito. A combinação de elementos visuais vintage e futuristas de filmes de diferentes épocas, reforça a ideia de como a guerra é retratada ao longo do tempo e como as imagens de conflito moldam a ideologia pública. Por fim, a utilização grão para “sujar” a imagem, procura questionar a estetização destas imagens e, ao mesmo tempo, evocar materialidade do conflito.

Direcção de arte: Catarina Sampaio, Design gráfico: Catarina Sampaio, André Carvalho e Pedro Costa, Motion design: Catarina Sampaio, Website: Catarina Sampaio, Joel Domingues, Mariana Conduto, Gestão de redes sociais: Flávio Gonçalves, Tomás Félix, Gabriela Ferreira, Fotografia: Ana Paganini.